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Noticias Bulling portugal

Casos de "bullying" em Portugal precisam de maior compreensão

2006-05-22

Natacha Palma

Casos de "bulling" continuado já levaram à morte de jovens em Portugal. Quem o afirma é Beatriz Pereira, professora e investigadora do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, que adianta que um desses casos ocorreu ainda este ano, embora, tal como outros, não tenha sido assumido como tal, ou seja, um caso extremo de abuso sistemático de poder e de intimidação. Segundo aquela investigadora, os casos registados em Portugal são, no entanto, pontuais.

Basicamente, o "bulling", expressão inglesa com difícil tradução para português, consiste, segundo Alexandre Ventura, do departamento de Ciências da Educação da Universidade de Aveiro, "na violência física e/ou psicológica consciente e intencional exercida por um indivíduo ou um grupo sobre outro indivíduo, ou grupo, incapaz de se defender e que, em consequência de tal agressão, fica intimidado, podendo ver afectadas as respectivas segurança, auto-estima e personalidade".

Gozar, chamar nomes, ameaçar, empurrar, humilhar, excluir de brincadeiras e jogos são actos de todos os dias, que acontecem "desde sempre, desde que há crianças". E a isto se chama "bullying". Algo que muitas vezes é considerado pelos adultos como "saudável" e "uma boa forma de aprender a viver e a defender-se" e que pode deixar marcas para toda a vida.

Segundo Alexandre Ventura, o "bulling" pode marcar a personalidade de uma pessoa para sempre ao torná-la débil na capacidade de comunicação, ao torná-la incapaz de se afirmar em termos sociais, profissionais e amorosos.

As vítimas de "bulling" tornam-se muitas vezes pessoas tão frágeis que chegam mesmo a tentar o suicídio.

E o pior é que, ainda segundo aquele pedagogo, quando as vítimas procuram denunciar as situações em que vivem, "são mal recebidas, acabando por ser também vítimas de incompreensão".

Num seminário dedicado ao tema "Bulling - intimidação nas escolas", realizado pelo Centro Social de Paramos, no âmbito do projecto "Aprender em movimento", na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira, em Espinho, Alexandre Ventura e Beatriz Pereira alertaram para a necessidade cada vez mais premente de despertar as consciências de todos para o fenómeno e as suas consequências.

Beatriz Pereira salientou a importância de existir nas escolas um espaço, um gabinete, aonde os jovens, vítimas ou simples testemunhas, possam ir denunciar aquilo que viveram ou viram acontecer. "Normalmente, as vítimas sofrem em silêncio. Sentem-se ridículas e até culpadas pelo facto de serem vítimas. Os órgãos de gestão, os professores, os auxiliares de acção educativa e os pais têm de assumir as suas responsabilidades, deixarem de aceitar como normal o que é aberrante e injustificado e agir", concluiu Alexandre Ventura.

Os predicados de uma potencial vítima

Ser recém-chegado a uma escola e ter ali poucos amigos íntimos é uma das características de muitas das vítimas. Ser tímido, viver num meio familiar super protector, pertencer a um grupo racial ou étnico diferente da maioria, possuir uma diferença óbvia (como ser muito gordo ou muito magro, coxear, gaguejar), ter necessidades educativas especiais ou deficiência ou pelo simples facto de comportar-se de forma considerada imprópria, ser maçador ou intrometido são factores que fazem de um jovem uma potencial vítima.

Efeitos ou indícios de possível "bulling"

Os efeitos do "bulling" são vários. Baixa auto-estima, medo, pesadelos, rejeição da escola, insegurança, ansiedade, dificuldade de relacionamento interpessoal, dificuldade de concentração, diminuição do rendimento escolar, dores de cabeça ou de estômago, mudanças repentinas de humor, vómitos, urinar na cama, falta de apetite, choro, insónia, aumento de pedido de dinheiro e até roubos em casa e surgimento de objectos estragados ou desaparecidos sem que seja dada uma explicação para tal.

Jornal de noticias


GCVR chama a atençãp para o fenómeno do Bulling

 

O Ginásio Clube de Vila Real (GCVR) está a realizar, entre os dias 21 de Junho e 31 de Julho, as “Férias Desportivas da Verão 2010”. No sentido de alertar as crianças para os problemas que acontecem nas escolas, como o chamado “Bulling”, o GCVR está a preparar...

...para esta quinta-feira, dia 15, às 14 horas, na instalações do Ginásio, um conjunto de experiências sentidas pelas próprias crianças, passando por diferentes sensações. Foi feito, pelos jovens do Ginásio uma curta-metragem com o título “Bulling”, os miúdos das férias desportivas, para além de assistirem, vão ainda ser protagonistas para sentirem na pele as diferentes sensações, com a recriação dos momentos de gravação, assim, a brincar estaremos a tocar num dos problemas da nossa sociedade.

O GCVR acredita que esta é uma forma de chamar a atenção para um dos problemas que se sentem nas escolas de todo o mundo e talvez assim se ajude a erradicar este fenómeno.

 

| 14-07-2010

Noticias

Vila Real

 

 

DREL abre inquérito a suicídio de docente

Professor vítima de 'bullying' tinha "fragilidade psicológica"

por Lusa12 Março 2010

 

O director regional de Educação de Lisboa espera que o inquérito instaurado numa escola de Fitares esclareça o caso de um professor que se suicidou e que era alegadamente gozado pelos alunos, mas sublinhou que o docente tinha uma "fragilidade psicológica" há muito tempo.

A Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL) anunciou hoje de manhã a abertura de um inquérito urgente aos acontecimentos na escola básica 2.3 de Fitares, Sintra, que terão motivado o suicídio de um professor.

José Joaquim Leitão esteve esta manhã na escola e disse aos jornalistas que o inquérito vai ajudar a esclarecer se o suicídio foi uma consequência de actos de indisciplina, mas que "é do conhecimento público" que o docente apresentava uma "fragilidade psicológica já desde há muito tempo".

"Neste momento, já estão a ser desencadeados os processos para que esse inquérito possa decorrer e possa esclarecer o que se passou e ajudar a escola a ultrapassar esta situação", disse.

O director regional de Educação de Lisboa esteve reunido com os responsáveis da escola de Fitares onde leccionava um professor que se terá suicidado devido à indisciplina dos alunos.

O responsável considerou o "caso lamentável" e que neste momento os alunos "têm de ser objecto" da preocupação.

"Temos de nos esforçar para que estas situações possam ser ultrapassadas. Tratam-se de jovens que são na sua generalidade bons alunos e que não podem transportar na sua vida uma situação de culpa que os pode vir a condicionar pela negativa", afirmou.

José Joaquim Leitão adiantou que embora a escola tenha meios próprios, "uma equipa de psicólogos da DREL está a articular" com o estabelecimento de ensino o acompanhamento psicológico a dar aos alunos.

Segundo os jornais Público e i, o professor, com 51 anos e licenciado em Sociologia, vivia com os pais em Oeiras e foi colocado nesta escola no início deste ano lectivo. A 09 de Fevereiro, o professor parou o carro na Ponte 25 de Abril, em Lisboa, e atirou-se ao Tejo.

No seu computador pessoal, noticiam os dois diários, deixou um texto que afirmava: "Se o meu destino é sofrer, dando aulas a alunos que não me respeitam e me põem fora de mim, não tendo outras fontes de rendimento, a única solução apaziguadora será o suicídio".

De acordo com o i, os problemas do professor ocorreram com "um grupo de alunos do 9º ano", que o insultavam na aula, e que motivaram "pelo menos sete" participações do professor à direcção da escola, "alertando para o comportamento de um aluno em particular".

DN PORTUGAL

 

sociedade

40% das crianças portuguesas dizem-se vítimas de 'bullying'

01 Novembro 2007

Violência física ou psicológica afecta crianças portuguesas

As crianças portuguesas são das que mais sofrem de acções de violência física ou psicológica, de acordo com o relatório da Unicef sobre o bem-estar infantil e juvenil nas economias mais avançadas do mundo. A par da Áustria e da República Checa , Portugal pertence ao grupo de países onde mais de 40% das crianças inquiridas afirmam terem sido vítimas de violência física, verbal ou psicológica por parte dos colegas, um tipo de agressão conhecida por bullying.

Na pobreza infantil, Portugal surge também no grupo pior colocado, com uma taxa superior a 15%. Não está, no entanto, sozinho. Também a Espanha e a Itália apresentam valores acima daquele patamar, o mesmo acontecendo com países anglófonos como os EUA, o Reino Unido e a Irlanda.

Segundo o relatório, cuja versão portuguesa foi ontem apresentada em Lisboa, mais de 20 mil crianças morrem anualmente nos países na OCDE, sendo que 3500 são vítimas de maus-tratos.

As mais baixas taxas de mortalidade infantil relacionadas com maus-tratos são registadas em Espanha, Grécia, Itália, Irlanda e Noruega. Para além dos maus-tratos, os factores que mais contribuem para a mortalidade infantil são sobretudo os acidentes de viação, o afogamento, as quedas, os incêndios e os envenenamentos.

O objectivo do trabalho realizado pelo Centro de Pesquisa Infantil da Unicef é o de traçar um quadro geral sobre o bem-estar da criança, tendo concluído que em todos os países mais ricos do mundo há melhorias a fazer neste capítulo.

Os países europeus são os que se destacam por obterem os melhores resultados na área da segurança e saúde infantil, em particular a Suécia, Islândia, Finlândia, Dinamarca e Holanda, que ocupam os cinco primeiros lugares.

Sobre o bem-estar educativo, a Bélgica e o Canadá lideram a tabela, enquanto Portugal, Espanha, Grécia e Itália estão pior colocados.

Em contrapartida, há mais crianças portuguesas (80%) a considerarem os pais "simpáticos e prestáveis", contra apenas 50% no Reino Unido ou na República Checa. Nos comportamentos de risco, o Reino Unido regista quase um terço de jovens que afirmam terem ficado embriagados em duas ou mais ocasiões. - C.A.

 

Diário de noticias

 

Governo avança com a tipificação do bulling como crime no âmbito da violência escolar - Ministra

 

Lisboa, 30 mar (Lusa) - O Governo vai avançar com a tipificação do bullying como crime no âmbito da violência escolar, acompanhando uma proposta da Pro...

 

Governo avança com a tipificação do bulling como crime no âmbito da violência escolar - Ministra

Lisboa, 30 mar (Lusa) - O Governo vai avançar com a tipificação do bulling como crime no âmbito da violência escolar, acompanhando uma proposta da Procuradoria-Geral da República, disse à Lusa a ministra da Educação.

Em declarações à entrada para a Comissão de Educação da Assembleia da República, onde está hoje à tarde a ser ouvida, Isabel Alçada anunciou que os ministérios da Educação e da Justiça têm vindo a trabalhar nesse sentido.

"Há vantagem em tipificar e vamos acompanhar essa proposta do Procurador-Geral da República e propor ao Conselho de Ministros", disse à agência Lusa Isabel Alçada.

Questionada sobre se o mesmo documento também vai definir as agressões a professores como crime público, Isabel Alçada afirmou que esse já é "o ponto de vista" da tutela.

"Temos feito várias consultas e os juristas tendem, de uma maneira geral, a considerar que se trata, na verdade, de um crime público. Não só contra professores, mas contra todos os elementos da comunidade educativa.

A Procuradoria Geral da República (PGR) disse na segunda feira à Lusa que quer definir o 'bulling' como um crime, no âmbito da violência escolar, e ampliar a denúncia obrigatória por parte dos responsáveis das escolas.

Segundo a PGR, apesar de "grande parte da jurisprudência" já considerar os ilícitos ligados à "violência escolar" como crimes públicos, "interessa abranger na ´violência escolar´ ilícitos que até agora dificilmente se podem considerar tipificados, tal como é o caso do school bulling".

Num estudo sobre violência escolar entregue aos Ministérios da Educação e da Justiça, a PGR defende a "ampliação dos deveres de denúncia obrigatória dos responsáveis das escolas, direcção  regionais de educação e titulares de funções inspetivas na Inspeção Geral de Educação".

Assim, defende que sejam participados "todos os

Msn noticias

 

 

Montijo

Escola preocupada com excesso de mediatismo de vítima de bullying

18.03.2010 - 09:58

 Por Natália Abreu

Rapariga de 14 anos foi sinalizada à Comissão de Protecção de Crianças depois de se desdobrar em entrevistas. Advogado da família estranha a iniciativa.

Beatriz C. tem 14 anos, frequenta o nono ano, na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo, e tem sido vítima de bullying. Denunciou o seu caso nos media, em diversas entrevistas. Numa delas, admitiu que a perseguição de que se diz alvo, dentro e fora da escola, veio desestabilizar o seu ambiente familiar. Acto contínuo, a escola requereu a intervenção da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. O representante da família questiona esta iniciativa, considerando que a escola está a agir contra a aluna, em vez de a ajudar.

Paulo Edson Cunha questiona o facto de a escola só agora intervir, já que os pais pediram ajuda logo que começaram as agressões. O advogado estranha ainda o facto de "quando a escola age, age contra a Beatriz colocando-a no centro de um processo que não faz qualquer sentido".

O caso remonta a Outubro de 2009, quando surgiram as primeiras acusações de agressão. Nessa altura, Beatriz terá agredido uma colega, em resposta a provocações, e foi depois agredida por um grupo de alunas. O inquérito da escola levou à punição de uma aluna e da própria Beatriz com seis dias de suspensão, tendo a pena sido suspensa.

Dois meses depois, em Dezembro, a jovem voltou a ser agredida, mas desta vez fora da escola. Foi assistida no hospital e os pais apresentaram queixa ao Ministério Público. O caso passou entretanto para o Tribunal de Menores do Barreiro. A escola abriu um processo de acompanhamento da aluna. O director de turma, os professores, auxiliares de acção educativa e seguranças da escola foram instados a um acompanhamento mais atento. Os relatórios dizem que não se registaram alterações de comportamento por parte da aluna.

Culpar quem sofre
No final de Fevereiro, Beatriz relatou uma nova agressão e uma nova queixa na PSP do Montijo para uma televisão - o que levou a escola a sinalizar a aluna junto da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Montijo, por considerar a "susceptibilidade de haver algum risco para a jovem".

Em causa, segundo o relatório apresentado pela escola, estão três pontos: o excesso de mediatismo do processo, dado que a jovem tem-se desdobrado em entrevistas a alguns canais televisivos; o facto de ter sido alvo de três processos disciplinares durante o actual ano lectivo; e as palavras da jovem numa entrevista à SIC, na qual diz que a tensão que vive promove algumas discussões em casa.

Este último factor foi, aliás, um dos pontos levantados pelo advogado da família, Paulo Edson Cunha, que considera que as palavras da jovem, transcritas pela escola no processo, "estão descontextualizadas e podem, por isso, ser mal interpretadas". Embora se recuse a dar entrevistas, o director da escola, José Evangelista, garante que "não há qualquer intenção por parte da escola de culpar os pais da aluna". "O que se entende é que todo este processo pode prejudicar a jovem e, por isso, entendemos ser o momento de agir. Se o processo for arquivado, não ficamos preocupados, antes pelo contrário."

Perfil na Internet
O advogado da família desta jovem não tem dúvidas de que a jovem é vítima de bullying e aponta não só as agressões físicas, como o facto de "terem sido criados perfis em redes sociais com o nome, os contactos e a fotografia da Beatriz onde esta se oferecia para a prática de actos sexuais". Para além disso, refere este representante, "há todo um conjunto de mensagens para o telemóvel da jovem com ameaças e ofensas".

Confrontada com estas questões, a escola confirma a sua existência, mas adianta "nada poder fazer, uma vez que estes factos são praticados fora do horário escolar

 

Publico

 

Alerta

Escolas não actuam em casos de 'bullying'

04 Março 2010

Sindicatos alertam que há tendência para minimizar gravidade do fenómeno. Formação de professores e auxiliares é essencial.

As escolas não actuam devidamente perante situações de bullying e, muitas vezes, ignoram estes casos. O alerta é feito pelos sindicatos de professores que falam na falta de condições para combater o fenómeno, mas admitem que há uma tendência para minimizar a sua gravidade.

Isto quando 42% dos alunos nas escolas lidam com o bullying, como vítimas ou como agressores, revela um estudo da investigadora Sónia Seixas, e se sabe que o Ministério Público investigou no ano passado dez queixas por mês de casos de violência nas escolas.

"A tolerância tem de ser zero. Muitas vezes não há castigos, apenas repreensões para os agressores e o bullying é um fenómeno que está a alastrar. As escolas têm de tomar medidas severas, mas têm de actuar de imediato e não deixar passar", defendeu ao DN Carlos Chagas, secretário-geral do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep).

Também Mário Nogueira, da Fenprof, é da opinião que uma "punição severa" é importante se o caso assim o exigir, mas diz que tem de haver sempre uma actuação imediata. "Há situações pouco relevantes e nas escolas tenta -se ver se as coisas passam e, quando dão conta, já aconteceu algo pior", afirma o sindicalista.

Carlos Chagas reafirma que há regras, mas que não são cumpridas: "Quando os agressores são maiores de 17 anos estão sujeitos à lei penal, mas se forem menores há a lei tutelar da educação. Os directores não se podem alhear dos problemas."

Há outra situação que contribui para a falta de eficácia no combate ao fenómeno. Os docentes e auxiliares não têm formação para lidar com estes casos. "A informação é inexistente. Tem de se investir na formação de professores e de pessoal não docente, pois são estes últimos que fazem, muitas vezes, a primeira observação do bullying", diz João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE). E é neste ponto que se pede a intervenção da tutela. "Deve apostar na prevenção, mas este é um fenómeno que vai ser difícil de controlar a curto prazo", completa Mário Nogueira.

O dirigente diz que é preciso simplificar alguns processos: "Primeiro, o aluno tem de confiar na escola e ter a certeza de que algo vai ser feito para o proteger. Depois, os professores não aplicam castigos mais severos porque a burocracia é demasiada." Dias da Silva conclui: "A tomada de medidas contra o bullying tem sido adiada. Nas escolas espera-se que aconteça e resolve apenas a questão do momento. É como atirar o problema para debaixo do tapete."

A falta de preparação das escolas é também apontada pela psicóloga Tânia Paias, que coordena o Portal Bullying, onde se presta ajuda online. "As escolas não estão bem apetrechadas para lidar com estes casos. Estão alerta, mas não têm as ferramentas", aponta. Já a psicóloga Susana Carvalhosa defende que as escolas e o Ministério da Educação devem apostar na prevenção.

DN Portugal

Bullying fere metade dos alunos

Humilhação, ameaças, gozo ou agressões afectam 50 por cento dos jovens

3

3Metade dos alunos portugueses estão envolvidos de alguma forma na violência escolar chamada Bullying. Isto é, a intimidação, humilhação, ou mesmo agressões, que alguns alunos com mais poder exercem sobre outros, de uma forma repetida. Uma análise a vários estudos realizados, em Portugal, permitiu concluir que esta realidade atinge 50 por cento dos alunos, entre agressores, vítimas e ambos.

As conclusões foram apresentadas, esta tarde, na Assembleia da República, por Sónia Seixas, doutorada em psicologia e autora de uma dissertação sobre este tema. A apresentação decorreu no âmbito de uma audição parlamentar, promovida pela Comissão de Educação, Ciência e Cultura, (CECC) que está a estudar a problemática da «Segurança nas Escolas», com o intuito de elaborar um relatório final.

Sónia Seixas fez uma exposição sobre a problemática do Bullying com base em vários estudos. «É possível concluir que metade dos alunos está envolvido em alguma forma de Bullying, seja como vítima, agressor ou ambos». A autora explica que em geral «o número de vítimas é superior ao de agressores», já que normalmente um aluno com poder hostiliza várias vítimas.

Há ainda os casos de jovens que exercem o seu «domínio» sobre outros «mais pequenos, ou mais novos», mas que depois acabam por ser também vítimas de outros alunos com mais «poder». «Se contarmos os observadores passivos, aqueles alunos que assistem às intimidações, então a dimensão do fenómeno é muito maior».

«Uma violência secreta»

Os vários estudos internacionais já efectuados permitem estabelecer padrões de comportamento que não variam em Portugal. Assim, o 8º ano é considerado o mais problemático, ou seja, por volta dos 13 anos. Já os locais perigosos para as vítimas estão normalmente relacionados com zonas longe da supervisão de adultos, como: recreios, balneários, ou corredores.

Esta conduta agressiva na escola tem também como característica o facto de ser uma «violência secreta». «Na realidade, as vítimas não se queixam. O que nos leva a pensar, se os valores que temos como referência são verdadeiramente indicadores da realidade», questionou Sónia Seixas.

A falta de queixas por parte das vítimas está, para a autora, relacionada com a «desvalorização» que é dada a este fenómeno. «É comum ouvir de pais, professores ou funcionários, que este tipo de situações fazem parte do crescimento, do desenvolvimento e como tal não têm assim tanta importância, no entanto, já sabemos que não é bem assim», afirmou.

A deputada Fernanda Asseiceira, coordenadora do grupo de trabalho da CECC, considerou, em declarações ao Portugal diário, que «não se trata tanto de uma desvalorização» mas sim de um «hábito, uma rotina em lidar com as situações, resolvendo como se pode e muitas vezes não participando. A comissão vem apoiar as escolas, apreender as boas práticas e fazer com que passem para todos os estabelecimentos de ensino».

Já João Gancho, presidente da Associação Nacional de Professores, lembra que há cerca de um ano a tutela ignorou a denúncia de casos violentos, considerando que eram residuais. O responsável acrescenta ainda, que a dificuldade em lidar com a indisciplina escolar passa também pelo facto de «as escolas não terem recursos humanos suficientes para agilizar os processos».

Iol 

 

Lousada: mãe denuncia caso de bullying

Isabel Fernandes garante que o filho de onze anos é vítima de agressões

3 Há uma nova denúncia de um caso de bullying. Numa escola básica de Lousada, a mãe de uma criança de onze anos diz que o filho tem sido agredido por três colegas da escola desde o início do ano lectivo, noticia a TVI.

As fichas apresentadas pela escola mostram que o aluno do sexto ano comprava senhas de refeição com multa mas não chegava a almoçar.

A mãe apresentou queixa na escola, mas garante que os responsáveis da EB 2/3 de Lousada não se mostraram muito disponíveis para averiguar a situação.

 

 

 

 Noticia Iol

 

 

 

 

17-03-2010

Bullying: criança fechou-se em casa por ter medo dos colegas

Aluno de uma escola de Olhão foi vítima de agressões por parte de dois colegas

Um menino de dez anos está há duas semanas fechado em casa, com medo de ir à escola. O aluno do 5º ano de uma escola de Olhão queixa-se de agressões e ameaças por parte de dois colegas mais velhos.

A situação já se verifica há cerca de três meses, no entanto, a mãe nunca se apercebeu de nada, pois a criança tinha medo de mais represálias se contasse como era tratado pelos colegas. Sintomas de nervosismo, ansiedade e febres todos os domingos à noite alertaram a mãe de que alguma coisa se passava.

A mãe do rapaz manifestou intenções de o transferir de escola, no entanto, foi aconselhada a não o fazer. Afirmou que a escola não está a saber resolver o problema e a criança já nem quer sair de casa.

 

 

 

 

 Noticia Iol